Por que e como montar uma planilha de orçamento de obras

Organização da planilha evita prejuízos e ajuda a definir as etapas que devem ser cumpridas em uma construção

Uma obra, seja uma reforma ou uma construção, é um processo custoso e que demanda precisão. Antes mesmo de começar a fundação, é necessário que os profissionais envolvidos façam o levantamento de custos que serão necessários, o que torna a elaboração da planilha de orçamento de obras tão fundamental.

Assim, essa etapa deve ocorrer antes de ir a uma loja de materiais de construção para comprar o que precisa. Não sabe o que ela é e qual a sua importância? Entenda porque ela é imprescindível em uma construção e como ela deve ser montada abaixo.

O que é e qual é a sua importância?

A planilha de orçamento de obras é uma etapa fundamental em uma construção ou reforma, pois ela reúne todos os materiais que serão utilizados nesse processo. Ela é um instrumento importante para manter o controle de gastos e até mesmo ajudar no cumprimento do cronograma da obra.

Dessa forma, ao elaborá-la, é possível evitar prejuízos e desperdício, uma vez que ela permite uma visualização clara de tudo o que será necessário e qual será o custo do projeto. Ela também auxilia o profissional da área a ter uma mais controle sobre as atividades e etapas que ainda precisam ser realizadas na execução da obra.

Assim, de uma maneira geral, a planilha de orçamento permite reunir todos os gastos previstos e planejar as etapas, sub etapas e tarefas que precisam ser feitas. Ela também dá uma visão geral sobre os custos da obra, oferecendo uma compreensão completa sobre a distribuição dos valores investidos.

Como montar uma planilha de orçamento de obras?

Uma boa planilha deve listar todas as despesas, diretas e indiretas, que serão necessárias para o projeto. Além disso, ela precisa descrever os serviços, materiais, insumos e equipamentos que serão utilizados. Abaixo, conheça alguns tópicos que não podem faltar ao elaborá-la.

Definição dos quantitativos da obra

O primeiro passo que deve ser feito é determinar a quantidade de materiais, insumos, equipamentos e mão de obra que serão necessários para a execução da obra. Essa é uma etapa que demanda muitos detalhes, pois quanto mais informações ela possuir, mais exato será o custo final do projeto, evitando assim despesas a mais.

Lista com os serviços que serão executados

Com o quantitativo em mãos, o próximo passo é estruturar o orçamento com base nas atividades que serão feitas para execução do projeto. Para facilitar, é aconselhável dividir o projeto em fases específicas, tais como fundação, alvenaria, revestimentos e pintura. Ao listar essas atividades, também ficará mais fácil elaborar o cronograma da obra e a precificação dos itens.

Identificação dos custos indiretos

É importante não esquecer de contabilizar os custos indiretos que a obra exige. Essas despesas são aquelas que não estão diretamente ligadas ao projeto e que, portanto, são mais difíceis de serem previstas. Geralmente, esses custos estão relacionados à alimentação, água e energia elétrica, entre outros.

Realização das composições de preços unitários

Uma vez que tiver separado a quantidade dos materiais e quais serão as etapas da obra, é preciso fazer as composições de preços unitários. Esse procedimento é feito com a discriminação e o cálculo dos gastos com os insumos necessários para realizar cada um dos serviços, levando em conta os materiais, equipamentos e a mão de obra necessária. Ao final, você terá em mãos o resultado unitário de cada atividade prevista.

Estruturação do BDI

Para que a planilha não fique incompleta, é importante adicionar os valores de taxas e impostos que são cobrados sobre o licenciamento e outros processos burocráticos de uma obra. Assim, no caso das construtoras, também é importante encontrar o preço de venda a partir dos benefícios e despesas indiretas (BDI).

Para conseguir uma boa margem de lucro, o preço de venda pode ser alcançado com o uso da fórmula: Preço de venda = custo direto x (1+BDI/100).